A águia-imperial-ibérica encontra-se actualmente em perigo de extinção. É a ave de rapina mais ameaçada da Europa e uma das espécies mais sensíveis às perturbações provocadas pelo homem. Em 2013 existem 407 casais reprodutores em toda a Península Ibérica. Esta contagem representa um aumento de 275 casais desde 1999. Em Portugal existem 11 casais e os restantes estão distribuídos pelas regiões autónomas espanholas: 150 em Castilla-La Mancha, 91 na Andaluzia, 56 em Castela-e-Leão, 50 na Estremadura e 49 em Madrid.
A sua plumagem é parda muito escura em todo o corpo, excepto nos ombros e parte superior das asas, de cor branca. A nuca é ligeiramente mais pálida que as outras partes do corpo, e a cauda mais escura, sem faixas claras ou linhas brancas como na águia-imperial-oriental. No caso dos indivíduos subadultos, estes são pardos avermelhados, sem diferenças de coloração, e não desenvolvem a plumagem dos indivíduos até aos 5 anos de idade, ao mesmo tempo que atingem a maturidade sexual. O tamanho médio dos adultos é de 80 cm de altura e 2,8 kg, se bem que as fêmeas, maiores que os machos, possam chegar aos 3,5 kg. A envergadura varia entre os 1,9 e 2,2 m.. A base da sua alimentação é constituída por coelhos, que caçam solitárias ou em parelha. As capturas são consideravelmente menores que as da agua-real, dado que as garras da imperial não são tão fortes como as da real.Ao contrário da águia-imperial da Africa oriental, a espécie ibérica não emigra. Cada casal defende a sua zona de caça e reprodução durante todo o ano.
A águia-imperial-ibérica é monogâmica. A época de acasalamento tem lugar de Março a Julho, durante a qual as águias restauram um dos ninhos que têm usado durante anos, rodando de um para outro. Estes ninhos estão situados na copa de árvores . Nas zonas de reflorestação habituaram-se a nidificar sobre eucaliptos, apesar de ser esta una espécie alóctone. Nidificam tanto em ramos altos como baixos.A postura típica consta de quatro a cinco ovos de 130 gramas de peso que são incubados durante 43 dias. É normal desenvolverem-se até três crias, ainda que esta tendência tenha diminuído ao longo dos últimos anos devido ao uso de pesticidas, que aumentam o número de ovos estéreis. Se o ano é mau e há pouca comida, a cria maior monopoliza-a e é a única que sobrevive; não obstante, pode-se dizer que a águia-imperial-ibérica não pratica canismo. Quando necessitam de ir em busca de comida, os progenitores cobrem os ovos ou crias com folhas e ramos para evitar que sejam descobertos pelos predadores, algo que por vezes não é suficiente, resultando que algumas crias sejam capturadas por uma agua-real ou, no caso de ninhos baixos, por uma raposa ou outro carnivoro de tamanho médio. As crias abandonam os ninhos entre os 65 e os 78 dias, mas continuam a viver nas imediações e a ser alimentados pelos progenitores durante quatro meses. Após este tempo, tornam-se independentes e iniciam uma vida nómada. Quando alcançam a maturidade sexual visitam frequentemente os limites dos territórios de casais sedentários em busca de algum indivíduo de sexo oposto solteiro ou viúvo. Os jovens nómadas são frequentemente atacados pelos casais adultos em cujos territórios entram. É um animal Ovíparo.
Ficaram curiosos, mas tristes porque esta ave voou para longe? Esta é a parte que mais nos deixa contentes... Esta ave arrependeu-se de fugir e decidiu voltar. Ou seja, a ave "já não está tão em vias de extinção" quanto estava há uns tempos atrás"
Poopaye,
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